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terça-feira, 21 de junho de 2011

Drywall , o que é? pra que serve?


Ola pessoal, estou trazendo esta matéria sobre Drywall e Lã de Rocha, como um complemento da materia de Stell Framing. Espero que gostem e que está esclareça suas dúvidas quanto ao assunto.

O Drywall, expressão originada da língua inglesa que significa “muro seco” ou “parede seca”, é uma técnica de revestimento que substitui paredes e forros construídos em alvenaria.

Bastante popular em países da Europa, nos Estados Unidos, no Japão, entre outros, a tecnologia do material consiste em placas pré-moldadas, confeccionada por chapas compostas de camadas de enredados de aço galvanizado e de gesso.

No Brasil, apesar da popularidade do sistema em outros países que utilizam o drywall desde a década de 1970, a técnica começou a ser mais conhecida, difundida e aplicada somente em meados da década de 1990, em um primeiro momento apenas mediante importação do produto e, posteriormente, com a instalação de fábricas multinacionais no país.O resultado deste método é uma estrutura resistente, porém leve, lisa, de fácil manuseio e instalação. Para efeitos de comparação, uma parede construída com alvenaria convencional pesa, em média, 150 kg aproximadamente. Já utilizando o drywall, a mesma parede pesaria cerca de 30 kg.

A montagem do sistema dry wall é fácil, com redução de prazo de entrega e, consequentemente, custos menores. Com o sistema, há um ganho de área útil que pode chegar a 4% a cada 100 m² e as paredes têm superfície lisa e precisa, diminuindo custos na preparação da superfície para a pintura.

Mas os painéis de drywall não são apenas placas, como as divisórias comuns; a estrutura proporciona a instalação entre vigas e permite a passagem, em seu interior, dos sistemas hidráulicos e elétricos, como são feitos em paredes e tetos de alvenaria convencionais.

Além dessa aplicação, a técnica é muito usada como uma solução simples em reformas e outros projetos arquitetônicos de interiores, substituindo, perfeitamente, a construção dessas estruturas utilizando tijolos, concreto e demais materiais necessários.
A tecnologia é totalmente desenvolvida por empresas estrangeiras, inclusive no país. Mas, para que seja utilizada no Brasil, independente da origem de fabricação, o drywall precisa estar regularizado de acordo com algumas normas específicas para o segmento, estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

No país existem, ainda, entidades como a Associação Brasileira de Fabricantes de Chapas para Drywall e a Associação Drywall, que estão disponíveis para sanar dúvidas de profissionais e consumidores.

Portanto, antes de adquirir o produto é necessário obter mais informações sobre a procedência do drywall, bem como exigir certificação junto aos órgãos competentes.

Sem esquecer, ainda, da importância de contratar os serviços de profissionais que dominem as técnicas de manuseio e instalação da tecnologia. Isso vale tanto para engenheiro civis, arquitetos e pessoal para construção, como mestres de obras e pedreiros.Vantagens e aplicações
São muitas as vantagens oferecidas pelo drywall - use sempre os serviços de um profissional especializado para obter os melhores resultados.

Rapidez e limpeza na montagem – Uma parede, um forro ou um revestimento em drywall é executado com muita rapidez e gera muito pouco entulho. Por exemplo, a montagem de uma parede divisória para a criação de um novo ambiente em uma casa ou apartamento demora apenas 24 a 48 horas. Nesse prazo, a parede estará pronta, com porta, tomadas e interruptores instalados, pronta para receber a pintura final.

Reformas fáceis – Em razão da rapidez e da limpeza na montagem dos sistemas drywall, reformar um imóvel ficou muito mais simples. E os sistemas drywall permitem soluções criativas, como uso de curvas, recortes para iluminação embutida e muito mais.

Manutenção e reparos – A mesma vantagem de rapidez e limpeza está presente na hora de se consertar um vazamento de água, por exemplo. Nesse caso, basta fazer com um serrote de ponta um pequeno recorte na chapa da parede, suficiente para permitir o conserto do encanamento, e depois fechar a parede com o mesmo pedaço de chapa. Um profissional especializado executa esse tipo de serviço em apenas um dia, sem o tradicional quebra-quebra das paredes comuns de tijolos ou blocos.

Precisão e qualidade de acabamento – Os sistemas drywall são precisos nas suas medidas e proporcionam uma qualidade de acabamento superficial única, perfeitamente lisa. Além disso, os sistemas drywall aceitam qualquer tipo de acabamento: pintura, textura, azulejos, pastilhas, mármore, granito, papel de parede, lambris de madeira, etc.

Isolamento de ruídos – Os sistemas drywall isolam melhor os sons e contribuem para tornar os ambientes mais confortáveis no que se refere à transmissão de ruídos.

Ganho de área útil – Como as paredes drywall são mais estreitas do que as de blocos ou tijolos, há um ganho na área útil. Esse ganho é de 5% aproximadamente. Por exemplo: em um apartamento de 100 m2, o ganho será de 5 m2, equivalente a 10 metros frontais de armários embutidos. Lã de Rocha : Sua importância nos Projetos de Drywall

Apresentando-se em forma de placa ou manta, a lã de rocha provém de fibras minerais de rocha vulcânica. Além de não reter água, uma vez que possui uma estrutura não capilar, as alterações perante eventuais condensações são nulas.

A somar aos excelentes níveis de isolamento térmico e acústico, a lã de rocha é um material incombustível, inócuo e perene.

Produto fabricado a partir de rochas basálticas especiais e outros minerais. Aquecidos à cerca de 1500°C são transformados em filamentos que, aglomerados com soluções de resinas orgânicas, permitem a fabricação de produtos leves e flexíveis até muito rígidos, dependendo do grau de compactação.

Fabricada em todo o mundo, a lã de rocha devido a suas características termo-acústicas atende os mercados da construção civil, industrial e automotivo entre outros. Garante conforto ambiental, segurança e aumento no rendimento de equipamentos industriais, gera economia de energia com aumento de produtividade.Características:

Térmicas

Reduzem o fluxo (ou troca) de calor entre a superfície interna e externa isolada, devido à sua baixa condutividade térmica.
Acústicas

Graças à sua estrutura fibrosa, possui elevados índices de absorção acústica,tornando possível a sua utilização na redução do ruído na fonte, através de tratamento acústico do ambiente, ou como auxiliar na redução na transmissão de som entre ambientes.

Comportamento ao fogo

A lã de rocha, independente da densidade, é incombustível, o que assegura total tranquilidade durante a montagem e após sua aplicação, e principalmente em seu armazenamento.

Físicas

Resiliência: Recupera a espessura original, após a retirada da força que causou a deformação.
Resistência à água: A lã de rocha basáltica é repelente à água na forma líquida devido aos aditivos adicionados ao produto.Aplicações [Lã de Rocha]

* Sob coberturas;
* Sobre forros vazados;
* Sobre forros falsos;
* Entre telhas metálicas;
* Entre alvenarias;
* Entre divisórias.

Segurança para o Usuário

A Lã de Rocha foi classificada no Grupo 3 (Material não Cancerígeno), segundo relatório da IARC (International Agency for Research on Cancer). A IARC, sediada em Lyon (França), é um órgão pertencente à Organização Mundial da Saúde da ONU.

Bom pessoal espero que tenham gostado. Não deixem de participar , de comentar e de dar a sua opinião nas enquetes disponíveis no Blog.

Atenciosamente: Bruno Wildberger

Fonte:
  • http://www.drywall.srv.br
  • http://www.wikipedia.org
  • http://www.drywall.org.br
  • http://www.metalica.com.br

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Peter Eisenman e a Cidade da Cultura





Bom pessoal desta vez trouxe para vocês um excelente trabalho arquitetonico, desenvolvido pelo arquiteto Peter Eisenman inspirado na topografia e nas curvas de nivel.

Sobre o monte Gaiás, de onde domina a vista sobre Santiago de Compostela, o governo local investiu em um complexo cultural marcante, que chamasse a atenção do mundo para o lado
contemporâneo de uma cidade famosa pelas tradicionaisperegrinações.O arquiteto norte-americano se inspirou na silhueta de vieiras - comuns no litoral galego - para vencer há onze anos atrás o concurso internacional que deu origem às construções.


Uma topografia artificial sobre o cume do monte que produz, de certa maneira, um reflexo da cidade antiga de Santiago de Compostela. A partir dessa perspectiva, Peter Eisenman criou seu projeto para a Cidade da Cultura. A intenção é integrar essas duas entidades para produzir uma nova dimensão de presente na identidade desta localidade galega: manter sua qualidade de referência como lugar ancestral de peregrinação religiosa e ao mesmo tempo dotá-lo de uma nova referência icônica plenamente contemporânea.

Eisenman parte para o desenho desta topografia a partir de duas malhas: um mapa do centro histórico medieval de Santiago e o de uma concha (símbolo tradicional dos peregrinos da rota Jacobea). E então, dispôs uma série de linhas reguladoras que criaram uma "mistura de espaço, tempo e significado", nas palavras do arquiteto, e geraram linhas de força que se movem pela terceira dimensão, desde o térreo até a cobertura, criando uma série de deslocamentos verticais.

As linhas evoluíram a partir de rotações simultâneas, semelhantes a uma torção em pontos
múltiplos, produzindo uma transformação dinâmica do plano bidimensional do local em uma terceira dimensão, conseguindo que a terceira dimensão definida "não fosse uma simples extrusão de uma condição planimétrica".

Ageometria resultante gera uma matriz fluida que opera em dois sentidos: definindo uma relação entre local e edifício e a relação interior-exterior de cada edifício individual.

Este conceito dos edifícios como "pregas geológicas" se materializa na espetacularidade das coberturas que parecem interagir em um movimento de contração e implosão - mas que não conseguem resultar, eficientemente, na hibridação entre a forma da arquitetura e a forma da paisagem, porque o domínio da arquitetura sobre a paisagem natural é evidente.

O revestimento de pedra de quartzito dá às coberturas uma solidez e um peso monumental, que contrasta notavelmente com a sensação que se produz ao se passar para o interior dos edifícios, cuja espacialidade vem também definida por essas malhas que sustentam o projeto e se destacam por sua fluidez, luminosidade e delicadeza.

O conjunto do complexo ocupará uma superfície de 175 mil m², dos quais 52 mil m² estarão ocupados pelos edifícios (proporcionando uma superfície de 148.900 m2para uso).

A organização exterior do complexo se inspira no centro histórico de Santiago, articulando-se por ruas, pórticos, jardins e praças, sobressaindo à presença das Torres Hedjuk, uma homenagem que Eisenman quis fazer ao falido projeto que John Hejduk desenhou em 1992.

Dos seis edifícios previstos, apenas dois foram concluídos: o Arquivo da Galícia, com superfície de 14 mil m² divididos em três andares e que acolhe o fundo hemerográfico sobre a província. Contém salas de leitura e diferentes dependências destinadas às tarefas de registro e catalogação; e a Biblioteca, com uma superfície de 26.010 m² distribuídos em seis andares, destinados a abrigar o patrimônio bibliográfico da Galícia. Contém um amplo depósito e uma sala de leitura, assim como espaços destinados ao estudo e a atividades de divulgação. Os dois edifícios estão conectados por dois níveis inferiores.

O edifício para o Museu da História da Galícia (superfície de 20.860 m²) tem sua abertura prevista para final de 2011, com destacada espetacularidade da fachada, de 43 metros de altura.

Um auditório, um centro internacional de arte dedicado às relações artísticas e culturais entre a Espanha e América Latina (inicialmente previsto para ser um museu dedicado às novas tecnologias) e um edifício de serviços com salas para conferências e dependências administrativas estão em fases iniciais de construção. O auditório, com uma superfície de 59.517 m² conterá uma sala principal com capacidade para 1.500 pessoas e uma sala secundária com capacidade para 450 e concebida como um espaço multifuncional. O edifício de Serviços Centrais, com uma superfície de 7.500 m², constará de cinco andares de escritórios, salas polivalentes e áreas de serviço para os funcionários municipais. Todos os edifícios se interconectarão entre si por uma rua subterrânea pela qual corre também todo o sistema técnico de instalações.

Convém não perder de vista a relevante dimensão política inserida na gênese deste projeto, para compreender sua criação e os diferentes avatares que condicionaram sua construção e a falta de concretude sobre os usos - o que colocou em questionamento um projeto desta envergadura.

Por trás da decisão de erigir a Cidade da Cultura se encontra Manuel Fraga, presidente do governo autônomo galego, no momento em que se convocou o concurso e uma figura que transitou por toda a recente história política espanhola. Como enfatizou o próprio Eisenman, a Cidade da Cultura deveria ser um legado símbolo de sua transição ideológica (foi ministro durante a ditadura franquista para reciclar-se posteriormente dentro das estruturas de governo democrático).

O projeto de Eisenman nasceu assumindo que a dimensão da Cidade da Cultura como símbolo estava absolutamente acima da funcionalidade dos edifícios. Também havia dúvida se as dimensões do complexo da Cidade da Cultura não eram excessivamente exageradas para a envergadura local de Santiago e da comunidade da Galícia. Mas, de algum modo, o início do funcionamento parcial do complexo evidencia que o projeto se desvinculou dessa natureza de gesto político megalômano, e se abriu à potencialidade de se redimensionar como um elemento urbano apropriável. Com seu uso, o complexo pode aprender a se adaptar à escala do indivíduo e à coletividade à qual serve.

Oque vocês gostariam de Encontrar aqui?