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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Análisando o Metal


Vejamos de maneira sintética os antecedentes da estrutura metálica por meio de algumas datas significativas:

Produção do Ferro

1720 – Obtenção de ferro por fundição com coque e início da produção de ferro de primeira fusão emgrandes massas.
1784 – Aperfeiçoamento dos fornos para conv
erter ferro de primeira fusão em ferro forjável.
1864 – Introdução do forno Siemens-Martin para produção de aço.

Conformação do ferro

Meados do Séc.XVIII – Laminação de chapas de ferro.
1830 – Laminação dos primeiros trilhos de trem.
1854 – Laminação dos primeiros perfis I sendo feita a primeira normalização de um material utilizado na construção civil.

Utilização do ferro

O emprego do ferro , a princípio estava restrito a pontes, porém, mais tarde, com o advento da revolução industrial, começou-se a generalizar o uso do aço, exceto para residências (hoje com o avanço da tecnologia e a utilização do metodo de construção Steel frame isso já é possivel).
Descutiremos Steel Framing no proximo post fiquem atentos.

O Aço na Atualidade:

Um rápido olhar sobre algumas referências arquitetônicas da atualidade é o suficiente para perceber o caráter contemporâneo do aço. Esse metal aparece definindo e materializando as formas do Centro Georges Pompidou (França), doEstádio Olímpico de Helsinque (Finlândia), da Pirâmide do Louvre (França), do Museu de Bilbao (Espanha) e das Torres Petronas (Malásia). Só para citar algumas obras de expressão. Leve e flexível, o aço adapta-se ao conceito de fast construction, e o conhecimento dessa tecnologia já faz parte do repertório de um grande número de profissionais no Brasil.

Alguns grandes nomes da arquitetura mundial (como Santiago Calatrava, Norman Foster, Richard Rogers e Renzo Piani) revelam que, quando técnica é esteticamente bem empregado, o aço transmuta-se no "ouro arquitetônico". A composição das formas a partir de desenhos em três dimensões, com os tubos materializando traços, motiva concepções estéticas únicas.Apesar da significativa participação na última Bienal de Arquitetura de São Paulo (cerca de 50% dos projetos apresentados utilizavam o aço como elemento estrutural), o consumo do aço no Brasil ainda é bem pequeno se comparado ao de países como Inglaterra, Estados Unidos, Japão e França. A produção "metálica" brasileira é "anêmica", principalmente na arquitetura urbana. "Com raras exceções, os arquitetos brasileiros permanecem ainda presos ao racionalismo moderno, que pouco utilizou o aço como sistema construtivo. As recentes obras da Rede Sarah de Hospitais, o edifício do Comércio em Salvador, o edifício do Banco Itaú em São Paulo e algumas obras minhas como as escolas Panamericanas, são exemplos dessa ruptura", revela Siegbert Zanettini, arquiteto com extenso currículo e larga experiência no uso desse material.

O desconhecimento do desempenho do aço e a falta de formação acadêmica também são citados por Zanettini como empecilhos para sua maior disseminação. "As escolas de arquitetura e engenharia no Brasil não cuidaram da produção e do exercício do conhecimento desse sistema, que ainda é baseado em meias-verdades", critica o arquiteto, que filosofa: "Citando um conceito de Darcy Ribeiro, as escolas não são 'semente', e sim 'fruto'. A universidade brasileira é o reflexo da realidade, e não o seu principal agente transformador".

Vantagens no Uso do Aço:

Embora não sejam a solução definitiva para todo e qualquer projeto, as vantagens técnicas (velocidade de obra, limpeza de canteiros, ausência de desperdícios, previsibilidade e planejamento de processo construtivo, além de limpeza e reciclagem). Versatilidade e flexibilidade são outras vantagens do material.A relação custo-benefício é satisfatória, pois, em geral,nao se costuma computar o desperdicio de até 30% provocados pelos processos com o concreto.

Entretanto, para melhor aproveitamento dessas características, deve-se prever o uso do aço a partir da concepção do projeto.

Fator Estética
A Estação Oriente, em Lisboa, Portugal, obra do consagrado arquiteto espanhol Santiago Calatrava (
, é um belo exemplo de como o aço bem usado transforma-se em "ouro". A riqueza e a clareza estrutural das coberturas dos estacionamento
s, que se ligam à galeria central de acesso e desembocam na gare principal que cobre as estações dos trens, evidenciam o metal como elemento articulador dos espaços, demarcando a conjunção das formas.
A estação, concluída em 1998 para servir a Expo '98 e actualmente o Parque das Nações.

O complexo inclui uma estação do Metropolitano de Lisboa (designada Oriente) no primeiro nível e um espaço comercial e uma estação rodoviária (tanto local como de médio/longo curso) nos dois níveis seguintes, sendo os dois últimos níveis ocupados pela estação ferroviária, servida pela CP com comboios suburbanos e por serviços de médio e longo curso.

Outro exemplo de analise estética na utilização d
este material é o museu Guggenheim Bilbao na Espanha de Frank Gehry(
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frank_Gehry).
Situado na cidade basca de Bilbau é um dos cinco museus pertencentes à Fundação Solomon R. Guggenheim no mundo. Projetado pelo arquiteto norte-americano Frank Gehry, é hoje um dos locais mais visitados da Espanha. Seu projeto foi parte de um esforço para revitalizar Bilbau e, hoje, recebe visitantes de todo o mundo.
Características:
Externamente, o museu é coberto por superfícies de titânio curvadas em vários pontos, que lembram escamas de um peixe, mostrando a influência das formas orgânicas presentes em muitos trabalhos de Gehry. Do átrio central, que tem 50 metros de altura e lembra uma flor cheia de curvas, partem passarelas para os três níveis de galerias. Visto do rio, o edifício parece ter a forma de um barco, homenageando a cidade portuária de Bilbao.

Além de definir um conceito próprio e de caráter único, em alguns casos, a eleição do material é mais que uma simples opção estética e pode ser uma exigência do projeto.

Ufa! acho que deu em pessoal? tentei desenvolver uma matéria bem completa sobre este incrível material, no proximo post falaremos então sobre o que é o steel Frame.

Atenciosamente: Bruno W.

Fonte:

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